O que é uma IST versus uma DST?
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O que é uma IST versus uma DST?

Jan 27, 2024

Qual é a diferença entre uma infecção sexualmente transmissível (IST) e uma doença sexualmente transmissível (DST)? Deve ser uma pergunta simples - especialmente considerando que dezenas de milhões de americanos são diagnosticados com eles a cada ano. Mas isso não. Você verá respostas diferentes, dependendo de onde for obter informações.

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Dito isso, há uma melhor resposta para a pergunta: não há diferença entre uma DST e uma DST.

"STI" e "STD" são termos genéricos. Nós os usamos para descrever uma série de condições que podem passar de pessoa para pessoa por meio de atividade sexual desprotegida. Essas condições podem ser virais, bacterianas ou até mesmo parasitárias, como os piolhos púbicos.

"DST", como o termo "doença venérea" anterior, é mais antigo e menos científico. Também é mais popular porque é o que a maioria de nós cresceu usando.

"DST" é mais preciso e vem com menos bagagem histórica e política, mas não é tão conhecido ou usado como o termo "DST".

Por que existem tantos sites que tratam DSTs e DSTs como coisas diferentes? A explicação mais simples é que existem várias maneiras de definir a palavra "doença". A definição escolhida muda a relação entre os dois termos.

Se você definir "doença" como um desvio da estrutura e função normais de um organismo (como fazemos), então NÃO há diferença entre uma DST e uma DST. Esta é a interpretação mais precisa, diz o médico assistente Evan Cottrill, PA-C, AAHIVS, HIVPCP.

Se você pensa, como alguns pensam, que é preciso haver sinais e sintomas para chamar uma condição de "doença", então as DSTs ocorrem primeiro e podem ou não evoluir para DSTs. Nesse modo de pensar, o termo "DST" descreve o que os médicos chamam de "período de latência" - o tempo entre contrair uma infecção e apresentar sintomas.

A falha nessa lógica é simples: usamos a palavra "doença" para descrever doenças que progridem muito sem sintomas perceptíveis na medicina ocidental. Os exemplos incluem condições hereditárias como a doença de Huntington, infecções como a doença de Hansen, condições de desenvolvimento lento como glaucoma e até câncer colorretal. No caso do glaucoma e do câncer colorretal, todos nós nos submetemos a exames regulares – como exames oftalmológicos e colonoscopias – porque os sintomas raramente aparecem até que a doença tenha avançado para um estágio avançado.

Em outras palavras, você teria que mudar a forma como usamos a palavra "doença" em muitas outras áreas da medicina para que o conceito de evolução de "DST para DST" fizesse sentido.

Como Cottrill nos lembra, as doenças se manifestam de maneiras diferentes em pessoas diferentes. Algumas pessoas terão uma apresentação de livro didático, com todos os sinais e sintomas esperados. Mas, como ele diz, "você sempre terá exceções. Você sempre terá apresentações atípicas". Por essa razão, Cottrill não acha que a distinção entre uma infecção e uma doença seja justa ou medicamente precisa.

Ele continua: "Já vi muitas pessoas com uma infecção de gonorreia simples e clara. Algumas dessas pessoas são sintomáticas e outras não. De qualquer forma, vou usar o termo 'infecção', porque no final das contas — no caso da gonorreia, que é uma infecção bacteriana — vamos tratar com um antibiótico e vai ficar curado."

Cottrill também usa o termo "IST" porque reconhece que a palavra "doença" tem uma história não tão boa.

A palavra "doença" tem muita bagagem associada a ela. Cottrill explica: "Quando ouvimos uma doença, muitas vezes pensamos em uma doença de longa data que o afetará permanentemente".

Com demasiada frequência, falamos sobre a doença como uma falha moral e, dos termos que usamos, "doença" tem uma das conotações mais negativas. É especialmente problemático no caso de condições transmitidas por meio da atividade sexual. Como Cottrill coloca, "Ao longo da história, especialmente na cultura ocidental, tem havido uma conotação negativa com qualquer coisa que se refira à sexualidade ou à palavra 'sexo'."